terça-feira, 27 de outubro de 2009

Foi embora...

Ainda lembro-me do nosso ultimo beijo. Nós nos abraçamos bem apertados como se soubesse o que iria acontecer – você provavelmente sabia. Você me abraçou doce mente, deitou em meu colo olhando bem em meus olhos, e depois me deu um beijo intenso, um beijo como nunca tinha me dado antes, e ao ir embora me abraçou mais uma vez, e bem mais forte. Disse não sei mais quantos tchau, tchau, tchau... E foi embora fumando o seu cigarro. Quando me lembro desta cena, me abalo. Desabo. Vem-me aquela cena: você virando a rua, e, eu te olhando, e você sem olhar para trás. Uns três dias depois... Acontece o que mais eu temia. Você destruiu o meu sonho, disse que não dava mais – tento entender seus motivos, mais não consigo me conformar- comprieender. Sim, você partiu. Mas ao fazer isso, deixou mais do que rastros, partiu mais do que em distância. Você conseguiu sair de perto e estar cada vez mais dentro, partir também meu coração (já deveras fragilizado) de saudades. Daquilo que poderíamos ter feito, da vida que tivemos perto um do outro. Sei que é horrível quando nem sequer se tem alguém para sentir saudades, porém ter alguém e não poder matá-las dói infinito. Não é questão de ter alguém por perto e ter que conquistar. É lutar contra o mundo e perceber como somos grão de areia, afinal. Isso que ainda me sinto grande.

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